Casamento Mari e Friede – O almoço – GaAya Arte e Decoração

Ainda sinto uma paixão por aquela mesa longa que montamos para o almoço das famílias do noivo e da noiva. Desde a nossa primeira reunião com os noivos eu a imaginei no gramado, ao ar livre, debaixo dos chorões. No centro dela haveria alguns livros, terrariuns, vasinhos de cerâmicas com plantas, pedras e mudas de alecrins amarradas com barbantes. Tudo isso sobre belas toalhas de linhão branco. A propósito, para complementar a decoração, o Neto e a Nalini criaram os menus silkados nos guardanapos em três idiomas: português, inglês e alemão. Presa neles, uma amarração feita com sisal trazia as etiquetas com os nomes dos convidados. Ao lado da mesa foi montado um balcão de apoio para as bebidas. Certamente, todos foram cativados por esse cenário que nos remetia à um jardim europeu. As pessoas se interagiam como se fizessem parte de um mesmo coro, todos cantando a mesma música, mesmo que em tons diferentes.
Para compor a mesa escolhemos cadeiras diferentes para os noivos e eu as decorei. Devo admitir que queria algo diferente, que fugisse das decorações tradicionais que vemos sempre. Então, optei pelo “velho e bom” papel. Montei noivinhas e noivinhos de papel presos a galhos secos e o resultado eu vou mostrar…

Fotos: Nalini Ruguê

Toalhas de linhão: Santa Ceia
Louças e balcão de apoio: Diogo Lages e Danilo Camargo
Local: Parque dos Papagaios

Fonte: http://ateliegaaya.blogspot.com/2014/08/casamento-mari-e-friede-o-almoco.html

Casamento Mari e Friede – A cerimônia – GaAya Arte e Decoração

A partir de um punhado de palavras, de algum conhecimento, de sentimentos e de atos podemos escrever uma história que, certamente, poderia ser contada em um livro. Neste momento, conhecendo a história da Mariana e do Friede posso até imaginar um livro de  romance antigo, com suas páginas amareladas e, entre elas, um pequeno galho de lavanda desidratada sobressaindo e deixando um leve volume na dura capa vermelha. O título gravado com letras douradas poderia ser: “Trezentos e sessenta e cinco dias em Provence” ou talvez simplesmente “Mari e Friede”. Gosto da segunda opção. Tem um tom suave e amoroso, bem próprio de um romance. Na verdade, bem próprio da história que vou contar:
Mariana e Friede se conheceram em Aix-en-Provence, França em 2005. Ela brasileira e ele alemão. Foram passar um ano na França para estudar. Logo na primeira semana, se conheceram na universidade e se tornaram amigos. Pouco tempo depois, estavam apaixonados. No ano seguinte, Mariana retorna a São Paulo para terminar a faculdade e Friede fica na Europa. Ficaram separados por um tempo mas o namora continuou à distância, entre idas e vindas… Em 2013, Mari estava morando em Chicago quando decidiu ir até Bruxelas pedir Friede em casamento. Hoje, os dois moram em Miami e vieram ao Brasil, mais precisamente a Uberlândia, para oficializar o casamento junto da família da noiva que vive aqui. É claro que eu resumi esta história ao máximo. Acredite, ela é rica em detalhes e beleza, daria mesmo um belo romance. Tudo isso me faz pensar que, de vez em quando, temos que deixar a vida se moldar sozinha e que certos acontecimentos estão predeterminados, estabelecidos e selados. Voltando…
O cenário escolhido para concretizar esta história de amor foi o Parque dos Papagaios a poucos quilômetros de Uberlândia, MG. Até parece que nessa manhã de Julho, exatamente na data do casamento, a neblina e o rio deram os braços e, juntos, pediram ao vento que soprasse uma brisa fria e suave a fim de fazer com que as folhas tremulassem e os galhos secos, próprios desta época do ano, rangessem. Tudo isso para celebrar o amor. Pensando bem, acho que até o Santo Antônio tem um fraco por esse lugar. Rs!

O outro lado da história…
Mariana conheceu o nosso trabalho através do Facebook. Logo, pediu à sua irmã Lúcia para entrar em contato conosco e agendar uma data para nos reunirmos. Depois de algumas reuniões e decisões tudo estava acertado. A decoração, o buquê, o arranjo do cabelo da noiva, os arranjos das daminhas e vários outros detalhes seriam inspirados  na região onde os noivos se conheceram, ou seja, na Provance, França. Mariana e Friede confiaram totalmente no nosso trabalho e nós agradecemos de coração todo esse carinho.

Chegamos ao local do casamento na sexta-feira. Trabalhamos o dia todo e uma parte da noite. A cerimônia estava marcada para às 11:00h da manhã de sábado.
Sábado… Já é de manhã, mas acabamos de adormecer… Temos que levantar e começar o nosso trabalho. Ou seria terminar o nosso trabalho?
Desta vez, decidimos não dividir nossa equipe de seis pessoas. Optamos por trabalharmos juntos em todos os ambientes. Começamos pelo espaço onde seria realizada a cerimônia. Os bancos rústicos já haviam sido posicionados. O próximo passo foi distribuir as sombrinhas fofas de poás sobre eles. Assim, os convidados poderiam se proteger do sol. Escolhi a cor verde para interagir com a natureza. Um carrinho estilo indiano, com rodas de bicicleta, serve de apoio para a Bíblia, o crucifixo, o maço de lavanda e a velha máquina de escrever que simula a história de amor do casal. Um tecido preso às árvores dá um toque romântico sem interferir na paisagem. Ele trabalha de acordo com o movimento do vento. Sua inquietação, sem dúvida nenhuma, agrada aos olhos.

Fotos: Nalini Ruguê
Carrinho: Santa Ceia
Bancos: Casarão Móveis Rústicos

Local: Parque dos Papagaios

Fonte: http://ateliegaaya.blogspot.com/2014/08/casamento-mari-e-friede.html